Grandes centros industriais, polos tecnológicos, sedes de usinas nucleares, importantes cidades portuárias, centros comerciais, cidades vinculadas à agroindústria, polos educacionais e culturais, incluindo a própria capital do país, Kiev, já no primeiro mês de guerra, foram sistematicamente atacados pelas forças russas, causando a reação imediata da defesa ucraniana, que busca, em todas as frentes, reverter a situação e recuperar o domínio de seu território. 
Próximo de se completar seis meses de guerra, os temores de um desastre nuclear, em decorrência dos ataques mútuos, no início do mês de agosto, entre as forças russas e ucranianas, na cidade de Zaporizhzhya – grande centro urbano, localizado no sudeste da Ucrânia, às margens do Rio Dnieper, e onde se localiza uma das maiores  usinas nucleares do país –, acenderam um grande sinal de alerta aos olhos do mundo todo, que vêm acompanhando o desenrolar desse embate desde o seu início.  
Assim como o aprofundamento do conflito entre os dois países vem trazendo consequências não somente para a Ucrânia, mas também para toda a Europa e demais países parceiros comerciais, afetando o fornecimento de alimentos, energia e bens industriais diversos, um possível desastre nuclear afetaria a Ucrânia e os demais países europeus e da Ásia Central, de forma direta, como também países de todos os continentes, indiretamente.  
Diante desse cenário, alguns questionamentos voltam-se para o ordenamento territorial, populacional e econômico da Ucrânia: Como se organiza a rede de cidades? Quais as características populacionais das diferentes porções do país? Como as atividades econômicas estão distribuídas no território?